sábado, 21 de junho de 2014

Maria

Presente de Deus
Que recebi um dia!
A mais bela mulher
És tu, óh Maria!

Eu me apaixonava
A cada vez que sorria
E via as covinhas
De minha Maria.

Beijar-te a boca
É minha mania
Fazer-te feliz
É meu sonho, Maria.

Teu abraço apertado
Me traz alegria.
Teu beijo molhado
Me queima, Maria!

Venha, me aqueça
Nas noites frias.
Casa-te comigo
Minha bela Maria?

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Ás

Métrica quebrada
Conceito esquecido
Rima abandonada
O que vale é o sentido

Diga o que for,
Poesia coração é quem faz!
Se tenho uma flor,
Eu entrego ao meu amor
E não a alguém que termine com ‘Ás’

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Rima Incompatível

Compatibilidade que torna
A perfeição possível.
Possibilidade que faz
A imperfeição compatível.

Ah, esse amor que torna
Meu sonho plausível!
Oh, meu amor, que me faz
Um poeta sensível!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Minha menina

Descubro em ti
A essência do amor...
E quero pra mim
De qualquer jardim
A mais bela Flor.

Amores-perfeitos,
Lavanda e jasmim.
Mais puro desejo:
Sentir o teu cheiro
Óh, Rosa Carmim.

Sua beleza rara
Que cura meu peito,
Que sara minha chaga,
Pra salvar minh’alma
Ao teu lado me ajeito.

Sentimento bendito,
Minha doce menina,
Enamorei contigo
Seja feliz comigo
Sou teu, Carolina!

sábado, 16 de novembro de 2013

Temporal

Passa depressa o tempo
em seu passatempo
me passa 
pra trás

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Arde.cidade

Arde
o ar de 
ardilosidade
na língua
dessa cidade.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Publicação do dia 15 de agosto no meu perfil do Facebook

"Estou há mais de meia hora tentando digitar esse texto, sem ser agressivo, mas de forma que fique clara minha opinião e principalmente minha indignação.

Pois bem,
como tem se tornado rotina para os atores da CIA de Teatro Trancos & Barrancos, saí do ensaio por volta da 00:00h, e procurei algum lugar em que pudesse lanchar, antes de ir pra casa.
Passando pela praça central da cidade, encontrei um menino que costuma perambular por lá até altas horas... A fome parecia ser uma constante em seu olhar. Convidei-o a lanchar comigo e me fazer companhia.
Fomos à única lanchonete aberta até o momento, na qual, rotineiramente, uma kombi costuma ficar parada logo em frente, até o fim do expediente, esperando pelos donos do estabelecimento.

O flagelo da noite começou a partir do momento que entrei nesse lugar!

Ali, percebi - na verdade, acho que vi cara a cara - a capacidade de que as pessoas têm de marginalizar quem já vive às margens da sociedade. O poder de invisibilizar o outro que as pessoas conseguem demonstrar.
Contemplei, de fora, a pior faceta do ser humano: o PRECONCEITO.

Ali, naquela 'singela' lanchonete, vi nos olhares dos proprietários o nojo para com uma pessoa que vive sempre no limite. Olhares que acusam. Olhares que julgam. Olhares que dilaceram a alma.
Ali, naquela 'singela' lanchonete, vi nas expressões constrangidas dos funcionários o quanto a relação para com o patrão parecia, de certa forma, subserviente ao extremo.

O garoto foi enxotado de perto da tv, da mesma forma com que se manda um bandido à cadeira elétrica. Ele foi mandado sentar à distância, como um cão que rasgou o papel higiênico ou molhou o chão do banheiro ao tentar beber água da privada. Ele foi ignorado por todos, como tentamos ignorar um mosquito que zumbe debaixo da coberta...

Permaneci no local por dois motivos:
1- Eu estava com fome.
2- Ele estava com fome [e, sinceramente, eu não sabia quando ou se ele tinha feito alguma refeição hoje - entenda ontem].

Assim, pedi dois salgados, um pra cada e um suco de laranja.
Comemos os dois primeiros enquanto o suco ficava pronto. E pra surpresa geral da nação [#SóQueNão], a funcionária que nos atendeu trouxe apenas UM copo ao servir uma jarra de suco de quase 1 litro.

PUT A KEEP ARE YOU!

Será que ela não sabe contar?
Suspeito que saiba! Só suspeito...

Pra enfeitar ainda mais o ambiente, a hipocrisia e a dissimulação tomaram conta do ambiente. Enquanto comigo o tratamento eram com "Quer mais alguma coisa, querido?", "Precisa de algo, bonitim?", Com o pobre desgraçado era coisas como "Vai comer um kg de meu ketchup?" - que, diga-se de passagem, poderia ser chamado, sem prejuízos, de "água-chup".

Enfim, enquanto comíamos o segundo salgado e eu tentava digerir a situação, conversava com o garoto. Ao nos despedirmos, ele me agradeceu e disse:

"Tio, me dá uma chuteira pra eu poder jogar bola?"

Vi naquele rapazinho, milhares de jovens brasileiros que vivem com o sonho de se tornar jogador de futebol. Vi nele a possibilidade de mudança.
Mas, ao que me parece, se depender de pessoas como as que vi hoje, repletas de valores familiares, religiosos e sociais, que fecham seu comércio na sexta a noite por conta de sua religião, que valoriza os capitalizados e subverte os anseios dos marginalizados a fim de garantir, ao menos, sua permanência em seu degrauzinho minúsculo da gigantesca pirâmide social que rege todas as relações econômicas e trabalhistas nesse país, esse Garoto, não tem perspectiva nenhuma de realizar seu sonho.

Meu coração foi dilacerado por 11 reais de lanche."

https://www.facebook.com/eliweltonlima/posts/574211972635482

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Efeito Negativo

Efeito Negativo.
Tornar Negativo.
Dar Negatividade.
Negatividade.
Nega Atividade.
Negar Atividade.
Dormir!

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Alma Sangria

Essa alma sangrenta
Perdia suas asas
Numa luta violenta
Contra o fio da Espada!

Maldita Palavra
Na boca apontava
Mal dita, ó Palavra
Minh'alma, marcava!

Jorrava a essência da alma em vermelho,
E refletia seu algoz com a pureza dum espelho
Misturada à fétida humanidade numa relação agourenta.

Dessa solução extraia seu prazer, sua agonia,
E viciava a carne humana em sua própria sangria
Dando cabo a tua existência de maneira incruenta.

domingo, 1 de setembro de 2013

Morena Faceira

Balança na ginga
Morena faceira.
Detém a mandinga
Do Axé-capoeira.

Teu canto, oh sereia
Me faz curioso.
Mas quando se cala
Me deixa choroso.

Me diga, hoje – eu suplico! – este teu segredo
Desfaz essa angústia – ‘inda não sou teu brinquedo.
Se não o fizer, por tua culpa, perderei a razão!

Acaba com essa agonia que corrói meu peito!
Essa é a solução, Morena, não há outro jeito:

Troco esse teu segredo por meu coração.